No governo, apenas elogios. Na base aliada e na oposição, um alvoroço best seller. A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., mal foi lançado e já divide opiniões. A obra relaciona o ex-governador de São Paulo, José Serra PSDB), a esquema de desvio e lavagem de dinheiro do Banestado, alvo de uma CPI nos anos 1990. A reportagem de Amaury esclarece em detalhes como os protagonistas da privataria tucana enriqueceram saqueando o país.
Em mais de 300 páginas, quase metade delas de documentos confidencias da CPI do Banestado (obtidos em juntas comerciais ou paraísos fiscais), o jornalista Amaury mostrou que há mais do que ovo e penas no ninho dos tucanos.
Também está em cena os bastidores da disputa entre Serra e o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves, pela candidatura do PSDB à Presidência em 2010. Amaury conta que, quando atuava como repórter do jornal O Estado de Minas, recebeu uma pauta encomendada pelo governo de Minas para que investigasse a vida de Serra. O pedido seria uma retaliação, segundo o autor, à produção de um dossiê contra Aécio por arapongas ligados ao tucano paulista
Aécio qualificou o livro como “literatura menor”, mas é inegável que neto de Itamar é o que sai mais fortalecido depois do lançamento da obra. 2014 está mais próximo para o mineiro.
O mais ridículo é o silêncio da mídia a respeito das denúncias. A mesma mídia que era a favor das privatizações tucanas e dentro do ninho em 2010. A privataria ainda não foi mencionada pelos veículos do Globo, Folha de S. Paulo e Grupo RBS.
Uma ótima resenha do livro foi feita pela Carta Capital e pode ser acessada neste link.
Paulo Henrique Amorim, em seu programa na Record News, também fez uma entrevista bastante interessante com o autor:
Nenhum comentário:
Postar um comentário