Saudações do Filho Duma Pauta!!
Hoje é dia de eleição: a população do Pará vai escolher, por meio de plebiscito, se o segundo maior Estado do país vai ser ou não dividido em até três. Durante o pleito, duas perguntas serão feitas aos eleitores. A primeira será ”você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?” e a segunda será ”você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?”. Caso seja aprovado, vão ser criados os novos Estados de Tapajós (com 27 municípios e área equivalente a 58% do atual território paraense) e Carajás (39 municípios e 25% das terras sul e sudeste).
Mas a quem interessa tal divisão? De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a nova organização geográfica já vai "nascer" deficitária. Carajás teria receita orçamentária e gastos estimados em R$ 2,7 bilhões e R$ 3,7 bilhões respectivamente, enquanto Tapajós teria uma receita aproximada de R$ 3,7 bilhões e gastos de R$ 5,6 bilhões.
Na região onde poderá ser criado o Estado de Tapajós está previsto a construção da hidrelétrica de Belo Monte. A região tem a maior parte de sua vegetação nativa conservada, além de concentrar áreas de preservação e aldeias indígenas. Santarém, que poderá ser a capital de Tapajós, é estratégica para a exportação de grãos do Centro-Oeste para a Europa. Já em Carajás está a maior reserva de ferro do mundo, os principais investimentos da Vale, o maior rebanho de gado do estado e a hidrelétrica de Tucuruí.
Tudo indica que, acima de decisões para melhora do bem-estar dos paraenses, a motivação dessa proposta é inteiramente política. É preciso evitar que, com a divisão, o Pará acabe em um jogo de disputas entre políticos, madereiros, empresários, latifundiários e aspirantes.
Propagandas veiculadas>>
Não cabe ao FDP!! criar teorias conspiratórias, mas a cobertura da mídia nacional sobre o assunto foi, no mínimo, ridícula. Os brasileiros foram surpreendidos com a propaganda política "convocando" os paraenses.
Sobre esse assunto, vale assistir ao Observatório da Imprensa desta semana:
PARTE1:
PARTE2:
PARTE3:
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